10 dezembro 2009

A árvore de Natal

Ano passado eu não montei uma árvore de Natal, nem no anterior, afinal, havia mudado para o interior e como lá as visitas eram raras no Natal não seria diferente. Talvez tenha pensado que a ausência da árvore de Natal me faria sentir menos melancólica já que noite de Natal é sinônimo de família reunida, o quê lá em casa não aconteceria. Esse ano foi diferente, resolvi comprar uma árvore natural e instalar novamente o clima de Natal lá em casa. Não gosto de árvore natural, prefiro as artificiais que a gente guarda ano após ano e estão sempre perfeitas. Já as naturais, por mais que a gente regue, cuide, vão amarelando, as folhas ficando murchas e com muita sorte chegam até o Natal, mas pensando na falta de espaço prá guardar a bendita durante o ano todo, optei pela natural. Sem tempo e ansiosa pela decoração de Natal aceitei agradecida a iniciativa do marido para a compra da árvore e não vi a hora de chegar em casa cobri-la de laços, bolas e miniaturas de instrumentos musicais que eu coleciono e uso como enfeites. A idéia era uma árvore pequena, apenas para criar a atmosfera de Natal de que gosto tanto, por me remeter a um passado distante, quando minha mãe ainda entre nós, nos envolvia no clima de Natal meses antes dele chegar. Com meus irmãos já crescidos, num tempo em que não mais acreditávamos em papai Noel, enfeitávamos a árvore com bolas, luzinhas e bombons que só podiam ser degustados na noite de Natal e essa era a mais deliciosa tortura. Os presentes aos poucos iam aparecendo embaixo dela como num passe de mágica e a gente morria de curiosidade em saber qual pacote era de quem, mas tinham marcas, nem nomes, apenas laços e caixas coloridas que os diferenciavam e só ela sabia dizer. Finalmente a árvore estava em casa, mas não era tão pequena..e era torta, crescera tentando encontrar o sol e nessa busca ganhou a forma de uma Torre de Pisa. No mínimo original, toda pomposa em meio a laços dourados e vermelhos e uma orquestra de penduricalhos replicando que é Natal!

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