11 setembro 2008

História de um Opala

Acho que todo mundo tem uma história de amor com seu primeiro carro. A minha foi com o Opala!Eu tinha acabado de completar 18 anos e como presente de aniversário e por ter passado no Vestibular, ganhei a chave de um carro. Auto-escola no bom e velho FUSCA, na garagem um OPALA, 2p, cambio de 3 marchas na coluna e a notícia que ELE seria o meu, ou melhor, o “nosso” carro. Meu pai não dirigia, mas esperara, ansiosamente, pelo dia em que a sua primeira filha completasse a maioridade para poder ter uma “motorista particular” e levar a família para passear, ir ao super e visitar a vovó que morava em Jundiaí. A questão era dar conta do OPALA, com pouco mais de metro e meio e parida como motorista dentro de um FUSCA! Dos males o menor. Nada que um travesseiro cor de rosa para encosto e assento não resolvesse. E a família inteira viajava nele! Travesseiro, papai, mamãe, titia, cachorro... Só faltava o gato e a galinha. Com os amigos, muito atoleiro em areias distantes. Chegar à Juréia com chuva, sem chance, mas os destinos alternativos, decididos na hora, diante dos obstáculos, traziam bons frutos. A imagem dos flamingos, desfilando na areia molhada no pôr do sol da Ilha Comprida, tenho na memória e jamais vou esquecer! Ah! Ia me esquecendo de dizer que o Opala me trouxe sucesso. Com o tempo aprendi a consertar a marcha que insistia em encavalar: Abria o capô, me debruçava dentro dele, puxava a alavanca e pronto. Não tinha quem não parasse pra ver! Casei-me no ano seguinte e com a chegada do primogênito descobri o valor do porta-malas do Opala que, além da família, das malas, acondicionava o carrinho de bebe e o cadeirão! Mais tarde, meu marido (ex) me convenceu a trocar o OPALA por um FUSCA, mas essa é outra história. E a sua história qual é?

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